domingo, dezembro 07, 2008

A ROSA DO INFINITO

A Rosa do Infinito é o símbolo de mais difícil interpretação dentro do Código Apoelo.


Nas palavras do mestre:

A humanidade é feita de imaginário e guiada por seus símbolos; são as engrenagens de uma interpretação — é preciso alimentá-las, para sempre reconstruí-las. Nem é a humanidade ela mesma, mais do que um código transcendente, que se permite, a todo tempo, corromper e deturpar.


O símbolo da Rosa do Infinito exprime essa desconfiança, não só para com as palavras dos homens como também, e principalmente, para com nossas interpretações das coisas. É, também, a eterna possibilidade e necessidade de reconstrução. À emergência deste símbolo, aguce os instintos, apure sua intuição, desconfie de todos os demais signos que se apresentam no momento presente. É a evidência do sansara, dos véus de Maia, da ilusão. Ao encontrá-lo como resultado do dado, re-avalie sua própria pergunta (provavelmente mal formulada) e sua situação presente (se é realmente aquilo que você está vendo – ou se é de impossível definição). No jogo de moedas, ao lado dos demais símbolos, relativiza ou invalida os que lhe são adjacentes.
Ainda, na prédica do senhor do conteúdo e do vazio:

Todo circuito está em perpétua mutação. Tudo é potencial. O que você crê que seja real pode ser substituído, no instante seguinte, pelo que você desejava no momento anterior. Esqueça o que é o agora, pense no que você queria antes. Gire a roda. Seu desejo é, agora, o momento presente, e aquele desejo já está fora! — e é sempre iminência de realização. A vida é esse ciclo estrambótico. Um paralelepípedo que não desce a rua, quiçá quebra e se acomoda. Já o mundo é uma roda. O universo é uma rosa, com espinhos e aromas, mas em direção ao infinito.

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